Coronavírus: o que você Precisa Saber!

Tempo de leitura: 6 minutos

Introdução

É comum o surgimento de dúvidas diante uma pandemia causada por um microrganismo até então desconhecido.

Devido a isto, a biomédica Beatriz Cardoso cedeu um texto – publicado na data de ontem (24) – ao blog jurídico do Romagnolo & Zampieri Advogados Associados, que esclarece as dúvidas mais frequentes sobre o novo coronavírus.

Coronavírus na China

Desde dezembro de 2019, o cenário médico da China passou a observar um número crescente de pacientes com pneumonia.

A princípio a doença atingiu a cidade de Wuhan, província de Hubei, mas rapidamente se estendeu aos países vizinhos.

Atualmente, a doença está presente por todo o mundo com poucas estratégias terapêuticas até o momento.

O que é Covid-19?

A Covid-19 (Corona Virus Disease 19, no português, doença causada por coronavírus).

Os coranavírus pertencem a uma família de vírus descritos desde meados de 1960 e são responsáveis por causarem infecções respiratórias em seres humanos e animais.

Normalmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, confundidos inclusive, com um resfriado comum. No entanto, alguns coronavírus podem causar doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), ocorrida em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

A gravidade da doença se justifica, principalmente, pela alta capacidade de disseminação, o que tem causado aos Sistemas de Saúde grande preocupação.

Quais são os sintomas do novo coronavírus?

Os sintomas do novo coronavírus são principalmente respiratórios, como tosse, dor de garganta, fadiga e dificuldade de respirar. Além disso, febre, mialgia, dispinéia e infecção do trato respiratório inferior. Alguns pacientes podem sofrer de dor de cabeça, diarreia e vômito.

Quais são as formas de transmissão do novo coronavírus?

O novo coronavírus tem afinidade pelas mucosas, por isso se alojam nas células do interior do nariz e garganta.

A manifestação dos sintomas ocorre devido a inflamação dessa mucosa, por isso é muito comum o surgimento da tosse.

Esse vírus acometem o sistema respiratório, com isso, a defesa do sistema imunológico gera uma inflamação progressiva dos alvéolos pulmonares levando à insuficiência respiratória progressiva e até a morte.

O novo coronavírus pode ficar suspenso no ar?

Ainda não se sabe exatamente por quanto tempo o vírus pode ficar suspenso no ar.

Pesquisas apontam que o coronavírus sobrevive até 3 horas sobre determinadas superfícies, podendo chegar até 3 dias.

O que se sabe até o momento que a transmissão ocorre via contato, ou seja, a disseminação do vírus ocorre de pessoa para pessoa.

Por isso, nesse momento é de suma importância evitar o contato social.

O que é preciso evitar no convívio social?

Sem apertos de mãos, abraço, beijo. É preferível o isolamento social, isto é, o distanciamento entre as pessoas, como medida preventiva para evitar a disseminação do vírus.

Coronavírus no Brasil

Como aglomerações devem ser evitadas, aos poucos surgem decretos de recolher e sansões para quem descumprir a ordem.

No Brasil, universidades, shoppings, comércios, bares e restaurantes interromperam suas atividades até segunda ordem.

Coronavírus em Maringá/PR

Em Maringá/PR, no dia 18/03/2020, o Decreto n.º 445/2020 da Prefeitura do Município de Maringá declarou situação de emergência e definiu medidas de enfrentamento da pandemia decorrente do novo coronavírus, como fechamento de estabelecimentos não essenciais.

Estão permitidos seu funcionamento, mercados, farmácias e unidades de assistência à saúde como hospitais, clínicas e pronto atendimentos, declarados serviços essenciais à população.

Risco de um colapso no sistema de saúde brasileiro

O cenário é preocupante, uma vez que o Ministério da Saúde previu um colapso do Sistema de Saúde e a curva de novos casos e óbitos no Brasil cresce na mesma medida que a China e os países europeus.

O que é uma pandemia?

Diferentemente de uma epidemia, na qual os surtos ocorrem em várias regiões de uma cidade, estado ou país, a pandemia alcança uma escala mais grave e é o pior dos cenários, pois estende-se a níveis mundiais e se espalha muito rapidamente por diversas regiões do mundo.

Formas de transmissão: Local e Comunitária (ou sustentada)

Didaticamente, existem duas formas de transmissão: Local e Comunitária (ou sustentada).

Na primeira, é possível identificar o paciente responsável por trazer a infecção de fora e contaminar outra já no Brasil (lembrando que esse vírus foi “importado” para o país).

Já a segunda é considerada mais preocupante, uma vez que neste caso, a transmissão é feita ao mesmo tempo por várias fontes não identificadas.

Inicialmente no Brasil, a pandemia do coronavírus iniciou de forma local, no entanto, atualmente o cenário já é de transmissão comunitária.

Por isso se reforça mais uma vez a necessidade de isolamento social.

Importante ressaltar aqui, que além dos sintomáticos, ou seja, aqueles que tem sintomas da infecção por coronavírus, alguns estudos sugerem que assintomáticos (sem sintomas) também podem transmitir o vírus. Isso pode ocorrer devido ao período de incubação que se refere ao tempo entre a infecção e o início dos sintomas da doença que pode variar de 1 a 14 dias.

Estratégias preventivas adotadas pelo Brasil

Além do isolamento, existem outras estratégias preventivas para barrar o novo coronavírus. É muito importante nesse momento seguir as recomendações do Ministério da Saúde.

Primeiramente, as orientações são as medidas básicas de higiene, como a lavagem correta das mãos com água e, respeitando o mínimo de 30 segundos. Lembrando que o álcool em gel ou à 70% são eficientes, no entanto não retira sujidades, por isso, deve ser considerado um aliado à lavagem das mãos.

Como se trata de um novo vírus, ainda não há vacina e medicação específica para o vírus.

O tratamento é feito de acordo com os sintomas individuais de cada paciente. Vendo isso, somou-se mais de 15.000 mortos em todo o mundo até o hoje.

Na Itália, país que no momento mais sofre com a pandemia, a idade média das vítimas fatais estavam na faixa de 70 a 79 anos.

A população mais velha é a mais acometida, no entanto o vírus não pode ser subestimado apenas esse grupo. Milhares de jovens também encontram-se em situações graves. Esses dois grupos quando somados, esgotam os leitos dos hospitais e ficam indisponíveis para outros doentes.

Conclusão

Cada um deve fazer sua parte nesse momento. Informe-se. Previna-se.

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